"O Teatro foi o primeiro soro que o homem inventou para se proteger da doença da angústia"

terça-feira, abril 26, 2005

!2 mulheres e uma cadela

12 MULHERES E 1 CADELA

« Mãe, a causadora do Todo?
Sendo o Verdadeiro, o Todo, entre o ser e o não ser, é o tempo da inquietação, do desejo que nos projecta na criação.
Estas 12 actrizes Carmen Santos, São José Lapa, Paula Guedes, Alexandra Leite, Lucinda Loureiro, Ângela Pinto, Jó Bernardo, Gracinda Nave, Alexandra Freudhental, Inês Lapa Lopes, Rita Rodrigues e Joana Manaças, mulheres, mães e cidadãs encontram pela sua profissão e no palco, o espaço onde apresentar a história dos seus universos.

Da palavra de Inês Pedrosa, à “nossa palavra”, há um espaço encenado através da representação dos corpos e das sonoridades dos mesmos. A força de um corpo não normalizado, a par de outros sempre diferentes mas preocupados em serem iguais.
Do universo da aldeia de Manteigas ao universo da aldeia da Cisjordânia, da frase eu vos saúde maridos à praxis dolorosa de uma separação, do acto da maternidade ao acto do crime de honra.
O medo, a doença, o conflito, a barbárie, a alegria, a esperança, o humor, o amor, o riso, o prazer são nas várias gerações que estas 12 Mulheres representam, a essência da MÃE, centro da Terra, impulsionadora das suas vidas.»

FICHA TÉCNICA
Textos: Inês Pedrosa
Encenação: São José Lapa
Assistente de Encenação: Lucinda Loureiro e Ângela Pinto
Cenografia e Adereços: Inês Lapa Lopes
Sonoplastia: Alberto Lopes
Desenho de Luz: Alexandre Coelho
Coreografia e Trabalho de Corpo: Victor Linhares
Trabalho Vocal: Manuel Brás da Costa e Inês Martins
Styling: Sandra Pereira
Adaptação Dramatúrgica: As Doze e Inês Pedrosa
Design Gráfico e Fotografia: Clementina Cabral
Fotografia: Margarida Oliveira (acompanhamento do projecto)
Direcção do Projecto "12M&1c": São José Lapa, Lucinda Loureiro e Ângela Pinto
Assistente do Projecto: Cecília Duarte
Interpretação: Alexandra Freudenthal, Alexandra Leite, Ângela Pinto, Carmen Santos, Gracinda Nave, Inês Lapa Lopes, Jó Bernardo, Joana Manaças, Lucinda Loureiro, Paula Guedes, Rita Rodrigues e São José Lapa.

Preço dos Bilhetes 4ª e 5ª Feiras:

Plateia Móvel: 12,00 €
1ª Plateia: 12,00 €
2ªPlateia: 12,00 €
1º Balcão Central : 12,00 €
1º Balcão Lateral : 7,00 €
2º Balcão: 7,00 €

Preço dos Bilhetes 6ª feira, Sábado e Domingo:

Plateia Móvel: 15,00 €
1ª Plateia: 15,00 €
2ªPlateia: 15,00 €
1º Balcão Central : 15,00 €
1º Balcão Lateral : 10,00 €
2º Balcão: 10,00 €

Em cena de 31 Março a 22 de Maio - TEATRO DA TRINDADE - Sala Principal

Desta vez ia com alguma expectativa para ver a peça, nomeadamente por já ter lido os textos em que se baseava: "Fica comigo esta Noite ", de Inês Pedrosa,um conjunto de doze contos que foram o alicerce para a sua construção. Estava á espera de um espectáculo "arrasador", mesmo quase "doloroso " de assistir, assim como o livro tinha sido "doloroso" de ler.
Mas tal , infelizmente, não aconteceu.
Contudo, não posso negar que ao longo da peça houve momentos de excelente qualidade , quer ao nível da transposição das personagens do "papel " para o palco quer ao nível da representação. Como esquecer a impressionante adaptação do texto "A cabeleireira" , ou do texto "Europa plano Nocturno"? Alicerçadas , sem dúvida , em brilhantes interpretações.
Mas foram infelizmente apenas rasgos de brilhantismo ...que depressa se desvaneciam...
Aliás, a peça teve ,desde logo, um péssimo inicio, quer pela duvidosa opção na adaptação do texto quer pelo próprio som já que dificilmente se conseguia entender o que era dito pelos actores.
E foi também marcada pelo desastroso final já que a transposição para o palco do texto não foi feliz falhando, a meu ver, a “transmissão “ da mensagem pretendida.
Outro aspecto negativo a apontar é a tentativa de ,também, através da dança “ilustrar” a escrita de Inês Pedrosa. Contudo, a presença dos bailarinos em palco tornava difícil a concentração do espectador.( excepção feita à coreografia executada durante a representação de “ A cor dos anjos”).Como contraponto há que referir a coragem das doze actrizes de em palco revelarem os seus “dotes vocais”, dando corpo a alguns dos momentos cómicos da peça ,nomeadamente, na representação de “ Conversa de café”.

Assim , e na minha modesta opinião, e contrariamente à escrita de Inês Pedrosa, e apesar de tudo, não conseguiram “envolver “ o público ou provocar uma “tempestade” de emoções ..e é pena ..porque é apenas isso que eu procuro no teatro...

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