"O Teatro foi o primeiro soro que o homem inventou para se proteger da doença da angústia"

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

ARTISTAS UNIDOS - ORGIA

FEVEREIRO - uma estreia em Viseu

E voltamos a Viseu, ao Teatro Viriato onde estreamos ORGIA de Pier Paolo Pasolini.

ORGIA de Pier Paolo Pasolini com José Airosa, Sylvie Rocha, Sofia Correia, cenário e figurinos de Rita Lopes Alves e direcção de Pedro Marques estreia a 10 de Fevereiro no Teatro Viriato, em Viseu. É uma co-produção A&M/Artistas Unidos/Culturgest e vai andar de um lado para o outro até princípios de Abril

Pasolini traça um trajecto curioso na sua relação com o teatro. Depois de dedicar uma carreira à poesia primeiro, à escrita de romances depois, e de se lançar como realizador de cinema, lança um ‘Manifesto para um novo teatro’ e de seguida (aproveitando o facto de estar doente) escreve seis tragédias em verso, todas em 1966. No seu manifesto, Pasolini propõe uma passagem à cena das suas peças através de uma quase total ausência de acções cénicas sugerindo dessa maneira o carácter metafórico.Franco Quadri

Em Viseu, no Teatro Viriato – 10 e 11 de Fevereiro
Em Coimbra, no TAGV – 15 e 16 de Fevereiro
Em Famalicão, na Casa das Artes – 17 e 18 de Fevereiro
Em Bragança, no Teatro Municipal – 3 de Março
No Porto, no Rivoli-Teatro Municipal – de 9 a 18 de Março
Na Guarda, no Teatro Municipal – a 23 de Março
Em Lisboa, na Culturgest – de 29 de Março a 6 de Abril

Em Viseu, Coimbra. Famalicão, Porto e Lisboa será também apresentado um recital de poesias de Pier Paolo Pasolini AS CINZAS DE PASOLINI.
Na Livraria da Praça ( Viseu) a 11 de Fevereiro
No TAGV ( Coimbra) a 16 de Fevereiro
Na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão a 18 de Fevereiro
No Rivoli Teatro Municipal a 10 de Março
Na Culturgest (Lisboa) a 2 de Abril

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A canção de Lisboa


A CANÇÃO DE LISBOA


Vasco Leitão, considerado um aluno cumpridor, vive da mesada das tias, que vivem em Trás-os-Montes e que nunca vieram a Lisboa. O Vasco prefere os retiros e os arraiais, as cantigas populares e as mulheres bonitas. Alice, uma costureira do bairro dos Castelinhos é a sua preferida, o que não agrada ao pai, o alfaiate Caetano, sabendo-o crivado de dívidas... Sucedem-se os azares de Vasco: No mesmo dia em que é reprovado no exame final de curso, recebe uma carta em que as tias lhe anunciam a sua chegada à capital ... com a cumplicidade e o interesse das suas vizinhas da Costa do Castelo, consegue ludribiar momentaneamente as suas tias, que acabam por descobrir a verdade.

Os diálogos, as músicas e as cenas desta obra fazem parte da memória colectiva portuguesa, transversal a todos os estratos sociais e etários, comum às mais abrangentes idiossincrasias da cultura do nosso povo.


ELENCO:
Manuela Maria, Miguel Dias, Nuno Guerreiro, Joel Branco, Helena Rocha, Liliana, Tiago Diogo, entre outros. Este espectáculo tem ainda a participação de bailarinos, músicos e artistas circenses.


A
partir de 27 Setembro 2005 - TEATRO POLITEAMA

Plateia: 30.00?
1ª Tribuna: 30.00?
1ª Balcão: 15.00?


Início do Evento: 3ª a sábado às 21H30 / Sábado e domingo também às 17H00


Comentário:

Uma primeira nota relativamente a este espectáculo: Felipe La Féria sabe como “agarrar” o grande público.
E capta-o desde o primeiro momento , desde que o pano sobe .E fá-lo através dos pequenos detalhes que fazem toda a diferença– como o pequeno eléctrico junto ao rio, os barcos baloiçando no Tejo, o jogo de luzes prendem-nos desde logo.
E começa um grande espectáculo!
Um grande espctáculo, rico em surpresas, repleto de exelentes números musicais e alicerçado em sólidas interpretações – com um elenco encabeçado por Miguel Dias exelente na pele de Vasco Leitão.
As sucesivas supresas – como a réplica da famosa sapataria e da alfaitaria retirada do filme que se ergue do solo, o “fogo de artificio “na noite de Santo António – fazem esquecer que a história da peça é já de todos conhecida e transformam – na numa verdadeira “festa” – na festa dos clássicos do cinema português.
Mas como nem tudo pode ser bom , há algo de negativo a apontar : os números de dança que podiam , em muito ser melhorados – com a excepção para o número que marca o inicio da segunda parte.
Em última análise, “ A canção de Lisboa” é uma homenagem a Lisboa, ao fado , em suma a Portugal.
E se o conceito é simples não deixa de ter os ingredientes certos para encher a sala do Teatro Politeama e fazer “vibrar “ o público.

Paula